domingo, 13 de junho de 2010

Ferramentas de pesquisa intencional de informação enquanto ferramentas cognitivas


Cada vez mais os educadores preocupam-se em aumentar a sua presença na Web, acreditando que este é um exemplo de bom ensino, e acabam por deixar de lado a questão mais importante: a aprendizagem.
A World Wide Web apenas deve constituir um apoio para a aprendizagem, no caso de os alunos sentirem essa necessidade e a utilizarem de forma intencional. A WWW é um sistema de hipertexto global, com recursos textuais e multimédia, que foi criado com o objectivo de incluir todo o conhecimento do Mundo. Pretendia-se armanezar documentos de texto em computadores de todo o Mundo, para possibilitar o acesso à informação em qualquer lado. No entanto, rapidamente, a WWW tornou-se numa gigante base de conhecimento. Desta forma, surgem várias preocupações relativas à WWW enquanto ferramenta cognitiva, uma vez que lá existem muitas fontes de interesse para os alunos, conduzindo-os, muitas vezes, para fora da sua tarefa principa, isto é, perdem-se no hiper-espaço.
Assim, a WWW apenas funciona como ferramenta cognitiva se for utilizada para uma pesquisa intencional e focalizada. Pode-se distinguir, entre outros, 3 métodos para essa pesquisa intencional:


Navegação Social

Todos os meses são adicionadas milhares de publicações na WWW, aumentando extremamente o seu volume e dificultando a navegação. A navegação Social ocorre sempre que os utilizadores da informação colaboram na tarefa da navegação:
Navegação Social Directa: existe um grupo de indivíduos com interesses comuns, que concordam em partilhar ideias e recursos;
Navegação Social Indirecta: apoiada por contadores de visitas, entre outros, que fornecem a frequência de acesso às fontes de informação.
Assim, a navegação social directa será mais produtiva, a nível de aprendizagens, do que a navegação social indirecta.


Motores de Busca

A WWW não tem uma estrutura ou organização, permitindo a qualquer pessoa desenvolver e incluir informação na Web, e portanto nem sempre é fácil encontrar informação fidedigna e correcta. Assim, muitas pessoas recorrem a motores de busca como forma de ajuda para identificar sítios adequados na Web.
Um motor de busca é constituído por uma base de dados na WWW, assim como ferramentas que a geram e lhe dão acesso. Frequentemente confunde-se os motoes de busca com os directórios:
Directórios: são bases de dados que utilizam uma estrutura hierárquica. São locais onde é fácil encontrar informação quando se pesquisa na Web, porque os sítios aí incluídos são analisados por pessoas, que posteriormente os agrupam em categorias apropriadas.
Motores de busca: bases de dados em que não existe qualquer avaliação humana das páginas, nem qualquer estrutura hierárquica. As informações são acessíveis sempre que alguém as solicite, digitando apenas uma palvra ou frase.
Os motores de busca funcionam como ferramenta cognitiva uma vez que promovem o pensamento reflexivo, pois “obriga” os alunos a avaliar e reflectir sobre auilo que encontram.


Agentes Inteligentes

Os agentes inteligentes são programas infromáticos que operam como agentes, filtrando as informações, avaliando a sua utilidade e transmitindo ao aluno apenas aquilo que ele necesssita. Assim, actuam como assistentes pessoais de investigação, identificando e resumindo a informação relevante para o utilizador. Existem diversos tipor de agentes, como diversas funções, mas os que mais interessam no apoio a pesquisas são os agentes de recolha, que pesquisam em numerosas fontes em busca de informação relevante.
Os agentes inteligentes são ferramentas cognitivas uma vez que possuem inteligência, e portanto são responsáveis para agir em representação do utilizador, poupando-lhe imenso tempo de navegação na Web.


Mas como treinar a utilização de pesquisas intencionais na sala de aula?

1 – Estabelecer um plano
Antes de iniciar a pesquisa, os alunos devem ter bem claro o que pretendem encontrar, e que objectivos de aprendizagem pretende atingir.

2 – Utilizar ferramentas ou estratégias para pesquisar a WWW
Ao utilizar motores de busca, os alunos devem, previamente, seleccionar as palavras-chave da sua pesquisa, para facilitar a navegação.

3 – Avaliar a utilidade da informação
À medida que o aluno for visitando sítios na Web, deve reflectir sobre aquilo que realmente necessita e aquilo que encontrou.

4- Utilizar fontes secundárias
Os alunos podem ainda utilizar páginas Web desenvolvidas por outros alunos/pessoas com interesses similares, ou ainda, utilizar agentes inteligentes.

5 – Avaliar a informação de forma crítica
Todos os alunos devem ter consciência de que qualquer pessoas pode colocar o que quiser na Web, e portanto, é fundamental que avaliem a viabilidade da informação encontrada.

6 – Recolher informação, utilizá-la para o fim pretendido e mencionar a sua autoria
Ao encontrar a informação desejada, os alunos podem recolhê-la e utilizá-la, sem nunca deixar de mencionar correctamente a sua autoria.

7 – Reflectir sobre a actividade
Ao longo de todo o projecto, os alunos devem reflectir sobre aquilo que efectuam e sobre os objectivos que se pretende atingir.


Será a pesquisa intencional uma ferramenta cognitiva?

A pesquisa intencional envolve o uso de competências do pensamento crítico, criativo e complexo, uma vez que a actividade é intencional, e portanto é onsiderada uma ferramenta cogitiva. No entanto, estas competências são mais desenvolvidas na utilização de motores de busca ou navegação social, uma vez que os agentes inteligentes transferem para o computador a maior parte das operações cognitivas.
Por outro lado, a pesquisa intencional é um processo importante que os alunos utilizam na construção das suas bases de conhecimento, e também apoiam outras ferramentas cognitivas, proporcionando co acesso a uma enorme quantidade de informação.

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